segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Razões para o Flamengo patinar

Ouvi desde domingo comentários do tipo: Celso Roth, Adílson Batista e Caio Júnior não dão sorte na hora de decidir. Discordo. O que ocorre no futebol é: os técnicos bons antecipam o que vai acontecer dentro das partidas e ganham. E há os técnicos que vêem o que acontece somente depois que acontece. Esses, na hora de decidir, não ganham.
Refiro-me especificamente ao técnico do Flamengo, já que analisei detidamente o jogo de sábado, contra a Portuguesa. E infelizmente tenho apenas meu filho e meu pai, com quem vi o jogo, como testemunhas de que sugeri a entrada de Éverton tão logo o árbitro encerrou o primeiro tempo. Vejamos, pois:
1) O Flamengo fez um gol com cinco minutos de jogo. E o único jogador capaz de criar no meio-campo era, como sempre, Juan, que foi muito bem marcado por Estevam Soares. Ou seja, não havia ninguém capaz de reter a bola no meio, o que empurrou a Portuguesa a ocupar aquela região e, conseqüentemente, atacar.
2) Ainda no primeiro tempo, a Lusa teve chance de empatar. O que deveria ser feito? Na volta do intervalo, o time entraria com Éverton, que além de criar sabe reter a bola e conduzi-la em velocidade ao ataque. Mas quem entrou foi Fierro, para ajudar Léo Moura... na marcação.
3) O empate não foi suficiente para Caio mexer no time. Foi preciso a Lusa virar o jogo para ele enxergar o buraco no meio-campo do Flamengo.
4) Na coletiva, Caio disse que "se o jogo tivesse mais 10 minutos, o time viraria o placar". Bem, sabe-se desde que o futebol existe, que cada tempo tem apenas 45 minutos, mais os poucos acréscimos. Assim, o Flamengo teria os tais 10 minutos, se Éverton entrasse 10 minutos antes. Antes, inclusive, de a Lusa empatar.
Agir depois que a galinha está depenada é fácil. A ciência é antecipar. Como fazem Muricy e Luxemburgo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Corazón de Estudiantes

A brincadeirinha que andam fazendo com os amigos botafoguenses é que, no tempo que eles eram estudiantes, não gostavam muito do horário de verón.
Que maldade...

Ah, a arte...

Férias, pra mim, é ótimo porque tenho mais tempo para me dedicar à paixão, já declarada neste espaço várias vezes, pela música - e também pelo cinema. Assim, leitores caros, lá vão as recomendações da semana:
Dois fonemas parecidos, Marillion e Marina. Dos primeiros, vale conferir o CD "Season's end", de 1989. Não faltarão os comentários de que soa velho, anacrônico e quetais, uma obra pretensamente progressiva no fim dos anos 80. Ou que Marillion bom mesmo era com o Fish. Quem não tiver tais preconceitos, poderá curtir um som bem encorpado, melódico, muito agradável enfim. Já a Marina da segunda metade daquela maravilhosa década é tudo de bom. Vá de "Virgem" ou "Próxima parada", os dois são muito bons.
Na locadora ou Dvdteca, uma boa diversão é "Ardil 22", um comédia super-ácida de 1970sobre a guerra. Detalhe: Art Garfunkel, novinho, está no elenco. Outra pedida, bem mais relacionada à música, é o Arena, do Duran Duran, que quando surgiu foi chamado por algumas apressadinhas de "os Beatles dos anos 80". Menos. Bem menos. Mas ainda assim um pop da melhor qualidade.

Tô voltando...

Depois de longas férias no blog (e, mea culpa, mea máxima culpa, um bocado de preguicinha), volto ao contato com o mundo, enquanto duram minhas férias no Jornal do Brasil - ao qual volto dia 3 de novembro, já com a estimulante missão de ser um dos editores executivos do jornal. Isso fará com que tenha agora de olhar um pouco mais para outros temas que não o meu velho e querido esporte.
Só que não vai dar pra largar o melhor Brasileiro dos últimos anos - que, graças a Deus, consolida a fórmula de pontos corridos, por mim defendida desde sempre por ser a mais justa e, vê-se melhor agora, muito emocionante. Pai Gonzalez arriscará uma previsão: o título está entre três pretendentes. Palmeiras e São Paulo são os principais, e o Flamengo vem por fora, se torcida, São Judas Tadeu e Deus ajudarem um bocado muito. Não acredito em Grêmio e Cruzeiro.
Do lado de baixo, apesar da euforia vascaína com a bela vitória sobre o Goiás, a tarefa de fugir ainda é hercúlea. Eu poderia cair na armadilha de creditar à gigantesca camisa do Vasco a certeza da permanência. Mas se as não menos grandes de Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Atlético-MG e Corinthians não conseguiram, ainda acho que o time de Renato Gaúcho não se salva. Já o Fluminense tenha a quase certeza de que joga a Séria A em 2009. Ipatinga, Atlético-PR e Náutico são boas apostas para a B.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Quanto mais longe, melhor

Quando saiu a convocação da seleção olímpica, a CBF divulgou uma programação de treinos, a partir desta segunda-feira (dia 21), que seriam realizados na Granja Comary. Mas ontem, quinta-feira, a entidade anunciou, na calada do dia, que o time de Dunga vai se preparar no Oriente (para onde viaja nesta segunda), perto da China. Nada contra a adaptação ao fuso. Ao contrário. Mas o time está indo muito antes das outras delegações. Ou seja: o motivo não é esse.
Essa atitude é apenas mais um capítulo da política que a diretoria da CBF + Américo Faria, Jorginho e Dunga implantaram de isolamento da seleção de mídia e torcida. Com a surra que Dunga levou da imprensa após os últimos fiascos na eliminatória, essa fuga cai como uma luva (de boxe). E o treinador é, convenhamos, o capataz ideal para tocar essa política.
Mas está tudo certo. Se Dunga e seus blue caps acham que tiram o sono de alguém com isso, podem ir sossegados para mais longe ainda. A seleção continuará merecendo toda a nossa torcida, tanto a principal quanto a olímpica. Independentemente dos efeitos colaterais do sucesso do time.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Quem fala demais dá bom dia a Cevallos

De todos os jogadores de futebol e/ou treinadores com quem convivi em 20 anos de jornalismo esportivo, Renato Gaúcho seguramente é um dos poucos por quem tenho mais do que respeito, mas admiração e amizade. Ele é um dos sujeitos mais generosos que conheci, e o melhor é que não faz propaganda disso. Já o vi ajudar desde jogadores a roupeiros e até jornalistas.
Primeiro assoprei, agora a mordida: Renato precisa, para seu próprio bem, diferenciar as conversas em off, o bate-papo com os jornalistas mais chegados, das entrevistas, principalmente as gravadas. Algumas coisas que diz ultrapassam de longe o incentivo ao seu time ou a demonstração de confiança em seu grupo de atletas. Soam, isso sim, como marra, como menosprezo nem tanto ao rival, mas à imprevisibilidade de um jogo de futebol. Isso faz com que, após uma trombada como a que o Fluminense levou do destino, os holofotes se voltem à ele e muitos, por mero revanchismo e picuinha, lembrem que cada promessa que Renato fez e não pôde cumprir porque três jogadores bateram seus pênaltis de maneira patética, facilitando o trabalho da "peneira" Cevallos. Com a palavra, meu caro amigo Portaluppi...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Parabéns ao L!

Depois de um breve recesso, estou de volta, com saudades deste espaço de reflexões. E apesar de na cidade praticamente só se falar em Fluminense, não dá para deixar de comentar, com alegria, a eleição de Roberto Dinamite para a presidência do Vasco. Nada pessoal contra Eurico Miranda. Ao contrário. Comecei a freqüentar São Januário, a trabalho, no fim de 88. Num de nossos primeiros encontros, ele levantou a voz, eu falei mais alto e, a partir dali, jamais tivemos qualquer problema. Mas sou fã ardoroso da democracia, e esta estava longe do Vasco há tempo. De Roberto o que posso falar é que, do outro lado da arquibancada, na minha adolescência, sempre o respeitei e temi - mesmo tendo Zico a meu lado. Agora, como jornalista esportivo, torço muito pelo sucesso dele e do Vasco. Tampouco poderia deixar de ressaltar a importância da mídia, e especialmente do diário Lance! na mudança que ocorreu no clube. A reportagem que mostrou um repórter, sem direito a voto, votando por ter um adesivo de Eurico na camisa, foi o famoso "batom na cueca". Não havia como a Justiça não intervir. Um dos principais "méritos" de Eurico era ser perfeito na venda da idéia de que era invencível e "intirável" do Vasco. Roberto teve a ajuda da imprensa, acreditou, e hoje vive seu primeiro dia de trabalho como presidente do Vasco. Foi como o provérbio chinês: "Sem saber que era impossível, ele foi lá e fez."

sábado, 31 de maio de 2008

Que graça tem se não secar?

Tenho um grupo de amigos queridos, da época da ECO-UFRJ, que criou um espaço de troca de e-mails chamado Panelinha. Nele, fala-se de tudo, quase sempre com muito humor.
Esta semana, o tema principal foi a secação dos torcedores. Um tricolor da Panela ficou chocado (ofendido?) porque a maioria dos rubro-negros está secando o Fluminense torcendo pelo Boca Juniors.
Ora, que graça tem o futebol se não puder zoar os amigos? Se todos fizerem uma corrente pelo "futebol do Rio", quem serão as vítimas das brincadeiras da torcida do Fluminense? Os argentinos? Nada, estão muito longe. Tem de ser os flamenguistas mesmo. E se o Boca vencer, os tricolores serão ironizados pelos vizinhos. É assim o futebol, desde que ele nasceu. Se for diferente, fica muito chato.

Dogmas a serem quebrados

Em algumas redações surgem regras, que ninguém sabe quem as criou, mas que passam a ser utilizadas sem questionamento. É uma palavra que não pode ser usada, ou um procedimento que não deve ser utilizado "porque o chefe não quer" - mas em 90% dos casos, o chefe nem sabe que aquilo é feito desta ou daquela maneira.
No futebol é a mesma coisa. Criou-se uma lei que o craque do time, ou o jogador que ganha mais, não pode ser contestado e pode fazer o que lhe der na telha. Muitos treinadores seguem essas "regras" e quebram a cara. Quarta-feira, Antônio Lopes, mesmo com toda a sua experiência, vacilou ao não impedir Edmundo de bater o pênalti contra o Sport. Ele não sabe bater pênalti. Quando acontece, dificilmente é defesa do goleiro, ou trave, ou rente a esta. A bola geralmente passa muito longe da baliza.
Assim como os adolescentes, alguns craques precisam que se lhes dê limites, que alguém com autoridade diga "não".
O erro de Lopes quase acabou com a carreira de um excelente jogador como Edmundo. Ele pode não só jogar até dezembro, mas, com a bola que vem batendo, até mais uma temporada. Só não pode bater pênalti.

sábado, 24 de maio de 2008

Eletrônica

Como, se não me engano, está no meu perfil, sou um verdadeiro democrata com relação a música. Tem de ser um gênero de baixíssima qualidade para eu não gostar ou, pelo menos, não ouvir atentamente. Música eletrônica não é das minhas favoritas, mas há no gênero algumas coisas interessantantes.
Um exemplar desses é o disco 1999, do Prince. Mais hipnótico estou para conhecer. Para os adeptos de eletrônica, é imperdível.

Esculacho com Kaká

Há algum tempo, o mal-humorado Dunga declarou aos quatro ventos que a Olimpíada não tinha a mesma importância das Eliminatórias. Agora, ele, com a chancela da CBF, vem insinuar que Kaká não estaria fazendo o suficiente com a diretoria do Milan para conseguir sua liberação.
Ora, bolas, Dunga e CBF! Isso é evidentemente uma negociação de cúpula. Como é que o Kaká vai bater de frente com quem lhe paga o salário e com quem ele tem contrato com uma série de deveres? Olimpíada não é competição Fifa, o Milan libera se quiser.
Mas... sempre o "mas". Justiça seja feita: é fato que a maioria dos nossos jogadores que atuam na Europa não dão a mínima para atuar em jogos que não sejam em datas-Fifa. Nesse ponto, dá inveja dos argentinos, que vibram a cada convocação e vão até as últimas possibilidades para serem liberados por seus clubes.

A felicidade tem três cores

Não há condição melhor no mundo por estes dias do que a de torcedor tricolor. A participação do Fluminense nesta Libertadores já deu aos seus aficcionados pelo menos duas noites gloriosas no Maracanã. A primeira, na goleada de 6 a 0 sobre o Arsenal, da Argentina, com direito a show de Dodô. E a segunda, épica, de fazer Nélson Rodrigues se remexer na tumba, contra o São Paulo.
Agora, a situação continua boa. Se o time for eliminado pelo Boca, os tricolores podem até ficar um pouco tristes, mas, lá no fundinho, todos sabemos que os argentinos são favoritos pelo descomunal peso de sua tradição em competições internacionais eliminatórias. É algo esperado. Mas se o Fluminense conseguir passar, certamente sua torcida terá mais um noite de maravilhosas loucuras daqui a duas quartas-feiras.
Minha mulher, Lu, comentou quarta-feira: "Depois dessa vitória sobre o São Paulo, o Fluminense não precisa fazer mais nada este ano". É isso aí. Imagine se fizer mais...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Imprensa e Mano que vacilam

Alguns colegas reclamam de alguns técnicos e jogadores que não dão entrevistas, ou são evasivos nas mesmas, ou falam sempre o básico e superficial. Mas alguns desses mesmos colegas não ajudam. Esta semana, Vanderlei Luxemburgo foi chamado ao programa Arena Sportv, onde foi instigado a falar sobre o Corinthians e Botafogo. E falou. Qual é o problema? E ainda alertou que não estava dando pancada em ninguém, nem se metendo no trabalho dos outros. Correto. O que ele fez de errado? Nada.
Menos para o mal-humorado do Mano Menezes, que ficou bravo porque alguém comentou sobre o seu time. O que Mano deveria entender, já que não é desprovido de intelecto, é que o termo "seu" não é literal. O Corinthians não pertence a Mano, e nem o time que ele "apenas" treina. A reação de Mano pode indicar duas coisas: ou um complexo de inferioridade com relação a Vanderlei (que destrinchou o Corinthians e disse coisas que talvez nem Mano soubesse) ou de superioridade (quem é esse ser menor para destrinchar o que um gênio como eu criei?). Ambas as hipóteses são lamentáveis.
Quem também vacila é a imprensa, que usou as palavras de Vanderlei (que também não é um santo, mas que desta vez é totalmente inocente) para ir provocar Mano e Cuca. Depois reclamam...

sábado, 17 de maio de 2008

Cuidado, Caio Júnior

O novo técnico do Flamengo, Caio Júnior, e qualquer um que fosse, precisa de um tempo para mostrar trabalho e de tranqüilidade para conseguir isso. Tem todo o direito de escolher um time titular diferente do de Joel Santana, e ninguém deve cobrar resultados imediatamente. Mas... me parece um risco adotar um sistema com três zagueiros no jogo deste domingo, contra o Grêmio. Primeiro porque um desses zagueiros é Leonardo, que já deu mostras suficientes de que não tem talento para jogar no Flamengo. Esquema com três zagueiros só é bom quando se tem três ótimos zagueiros e não dá para barrar nenhum.
Mas, principalmente porque o sacrificado para a entrada de Leonardo foi Toró. Perguntem a qualquer jogador do meio para trás do time do Flamengo e ele lhe dirá que Toró deve ser titular. A performance da equipe é muitíssimo melhor com Toró, são números. Com Toró no time, a defesa respira e os meias adversários não. Ele faz o trabalho sujo de correr como um louco, fungar no cangote dos rivais até retomar a bola. Se Caio Júnior barrar Toró vai se dar mal. Ainda mais se a desculpa for que o jogador tem baixa estatura. Ah, tá. Então com Caio Júnior Romário seria baba?

O senhor das águias

Embora em escala um pouco menor do que a música, também o cinema é uma paixão bastante presente em minha vida. E filmes, como qualquer outro produto cultural, pode ter qualificações boas e ruins de pessoas diferentes, e até da mesma pessoa, dependendo do momento que o vê. Uma dica para quem gosta do cinema que se fez nos anos 80: A breed apart, com Rutger Hauer. Filme sem maiores pretensões, tem uma mensagem ecológica legal. Vale a pena catar nas locadoras ou na grande rede.

Polícia

Não dá para gostar de rock e passar o fim de semana sem ouvir The Police. Felizmente Deus me deu saúde para ver o trio ao vivo, no Maracanã, em dezembro. E felizmente naquela apresentação, na qual os caras mostraram que ainda mandam um bocado bem, o repertório veio carregado de Synchronicity. Ô CD bom. Não deixem de reouvi-lo estes dias.

Entre as canetas - Na recepção

Cobri a Copa América de 91, no Chile, na qual o Brasil foi vice-campeão sob o comando de Paulo Roberto Falcão. Ao chegar ao hotel, em Viña del Mar, onde o Brasil disputou a primeira fase, fui fazer o check-in. Ao perceber que eu era brasileiro, o recepcionista me pediu ajuda. Ele me mostrou a ficha de check in de um companheiro fotógrafo do jornal O Globo, que acabara de chegar. O problema é que o recepcionista não conseguia entender o que estava escrito. Não era para menos. Na ficha, lá estava:

NOMBRE: Fulano de tal (este Entre as Canetas não está aqui para esculachar amigos).
APELLIDO (sobrenome): Baleia (fictício).
FIRMA (assinatura): O Globo.
FECHA (data): Às 21h30, com segundo clichê a 0h30.
DIRECCIÓN (endereço): Doutor Roberto Marinho.

Foi a mesma criatura que, no dia seguinte, no almoço, pediu ao garçom "una Cueca-Cuela". Para logo corrigir: "Una non. Dunas."

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Rochas vermelhas

Para os roqueiros que curtem anos 80: ontem revi o vídeo do U2 Live at the Red Rocks, de 1983. Show de vitalidade dos então jovens Bono, Larry, Adam e Edge. As dedilhadas de Edge - na guitarra e no piano - nas aberturas de Sunday bloody Sunday e New Year's day são riffs com a cara daquela década. Não estou exagerando ao achar que eles estão para os 80 assim como o riff de abertura de Satisfaction, de Richards, está para os 60.

Dados na mesa

O 1 a 0 do São Paulo no Fluminense foi justo. Até porque, depois de anos vendo jogos de futebol, justiça nesse esporte, para mim, é para quem coloca mais bolas na rede. Para o tricolor carioca, pouco mudou. A torcida tem mais é que fazer fila, comprar ingresso e lotar o Maracanã. Os paulistas continuam sendo, como antes do jogo, favoritos. Mas o jogo de quarta-feira terminar 2 a 0 para o Flu é a coisa mais normal do planeta.
Na Copa do Brasil, deu Botafogo x Corinthians e Sport x Vasco. Outra parelha sem favoritos, os times são muito equilibrados. O Vasco poderia ser, como no Estadual, considerada a quarta força - principalmente porque há algum tempo São Januário deixou de ser fator decisivo. Mas Leandro Amaral consegue, sozinho, erguer o time ao mesmo patamar dos outros. Palpite de final? Botafogo x Sport.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Querido rádio

Dia de homenagear um velho companheiro, meu e de milhares de brasileiros, que anda esquecido pelas novas gerações. Nos saudosos tempos em que eu era aluno da ECO, participei de um projeto saudavelmente maluco chamado Radinho Feliz, que era gravado no estúdio da Facha. Meu primeiro "emprego" foi um estágio não remunerado na hoje falecida rádio Imprensa FM, durante três meses, em 1986. Se puxar bem mais pela memória, o rádio teve participação importantíssima na minha infância e adolescência, desde os tempos em que ouvia o programa de Haroldo de Andrade - por tabela, já que a audiência principal era de minha mãe - até as transmissões de futebol da Rádio Globo, com Valdir Amaral e Jorge Curi, enquanto eu não tinha idade para ir ao sempre superlotado Maracanã, passando pelos programas de Beatles na 860 Mundial (com Big Boy) e Imprensa e Del Rey (com Mário Márcio, Aldo Gimenez e a turma dos fã-clubes). E, não podia faltar, a inesquecível Eldo Pop, que me iniciou no rock progressivo. Em 1977, era muito mais difícil do que é hoje para uma criança de 12 anos ir a um show de rock. Não vi o Genesis no Maracanãzinho. Mas ouvi tudo na Eldo Pop. Longa vida, pois, às caixinhas que falam.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Entre as canetas 2

Telê Santana foi um treinador brilhante, e teria a unanimidade merecida se tivesse conquistado uma Copa do Mundo. À competência somava-se uma sensibilidade e generosidade reconhecidas por todos quanto trabalharam com ele. Mas não era perfeito, fato comprovado quando se mostrava um tanto ranzinza com a imprensa e com quem o contestava. Em 1989, no Flamengo, um repórter de rádio entrevistava o então jovem zagueiro Rogério, que acabara de perder a posição para um já decadente Dario Pereyra. A conversa se dava bem na entrada do vestiário da Gávea. Telê estava a dois passos da porta quando ouviu a última pergunta feita em alto e bom som, característicos dos radialistas, ao jogador:
- Rogério, aqui no Flamengo a corda sempre arrebenta do lado mais fraco?
O zagueiro não teve tempo de responder. Telê partiu para cima do repórter e só não o agrediu porque a turma do deixa-disso, à qual eu integrava, não deixou.

Primeiras impressões

Sobre a abertura do Brasileirão:

1) O Flamengo tem time para brigar pelo título.
2) O Palmeiras também. A derrota para o Coritiba é só para que Vanderlei Luxemburgo dê a volta por cima e se valorize ainda mais.
3) O Cruzeiro também.
3) Botafogo, Inter, Vasco, Sport, Atlético-MG, São Paulo, Fluminense e Santos não estão nem aí para o campeonato - e o Corinthians só está aí porque a Série B é prioridade. E vão demorar a estar. Só o farão umas duas ou três rodadas após seus últimos jogos na Copa do Brasil e Libertadores. Agora é a hora de os outros grandes -leia-se os três citados nas primeiras notas, mais o Grêmio - acumularem gordura.
4) A Portuguesa não toma jeito. Não pode estar ganhando de 5 a 2, em casa, do Figueirense, e deixar empatar.
5) O Ipatinga vai cair.

Pontos G

Para começar bem mais uma semana, algumas dicas musicais cujos protagonistas casualmente começam com a letra G. Para a turma da MPB, o CD Plural, da Gal, de 1990, tem a baiana na conhecida boa forma vocal, excelentes arranjos e uma versão muito legal de "Begin the begine". Quem é mais chegado ao pop pode matar a saudade dos anos 80 com "Faith", de George Michael, privilegiando a excelente "Hand to the mouth", uma das menos divulgadas do álbum. E, last but not least, para os progressivos como eu, The lamb lies down on Broadway, do Genesis. É grande, em duração e qualidade. Se você estiver sem tempo, ouça e se emocione apenas com "The carpet crawlers". Uma ótima semana a todos!!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Como é gostoso o futebol

Nesta e nas próximas semanas, além de editar o caderno de esportes do JB, estou dando aula no curso de jornalismo esportivo da Fundação Mudes. As aulas são na Rua México, no Centro, e começam às 9h30. Nesta quinta, no trajeto de minha casa até o curso, ouvi pelo menos umas cinco referências ao Flamengo 0 x 3 América. Eram, evidentemente, torcedores dos outros grandes do Rio zoando os rubro-negros e vibrando como há muito tempo não faziam, por causa da catástrofe que atingiu o coirmão. Apesar de em minhas veias o sangue que corre ter o preto com o vermelho, não pude evitar boas risadas nesse trajeto. O que confirmou a minha certeza de que isso é o grande segredo do futebol: a gozação, a zoação, a integração que esse esporte promove entre os homens - quando estes têm espírito esportivo. Se não fosse isso, não teria a menor graça vencer ou perder, ser campeão ou ir dormir com uma surra de 3 a 0 nas costas.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Let me try again

Como está lá no meu perfil, posso dizer que música é minha vida na medida em que, sem ela, viver não teria a mesma graça. Assim, para que meus leitores tenham dias melhores e mais agradáveis, darei sempre neste espaço algumas dicas de sons. Hoje o dia é de Premiata Forneria Marconi, excepcional banda de rock progresivo dos anos 70. Este último fim de semana estive em Buenos Aires e lá comprei o CD Live in USA. Pra quem gosta do gênero, os caras mandam muito bem ao vivo. Quem for do pop, o CD do dia é do bom e velho "The voice", mais conhecido como Frank Sinatra. O disco de 1973 "Ol'blue eyes is back" tem ótimos arranjos, Sinatra está no melhor de sua forma vocal e pode-se matar saudades do clássico "Let me try again".
Boa viagem.

Vai depender, vai depender, vai depender do que o Flu vai querer

Se o Fluminense jogar contra o São Paulo (não creio que o Nacional apronte hoje à noite) o que jogou nos dois jogos contra o Nacional de Medellín e na final da Taça Rio, o sonho do título da Libertadores acaba daqui a duas partidas. Não há como bater o tricolor paulista com essa bolinha que o carioca está jogando. Além de mal tecnicamente, o Flu é um bando, os meias não sabem o que fazer com a bola, não há um padrão, e a única jogada que parece ensaiada são as bolas alçadas na primeira trave em faltas ou escanteios. Estou dizendo, com isso, que o time carioca, tal qual o peru de Natal, está eliminado de véspera? NÂO. A mudança desse quadro e a ida à semifinal passam pela melhoria técnica de jogadores como Washington, Conca, Arouca e, principalmente, Thiago Neves. Esses são nomes capazes de, sozinhos, mudar um jogo. Está, pois, nos pés deles.

Coerência zero

Todo e qualquer ser humano tem o direito de errar e de ter uma segunda chance. No caso do meia Carlos Alberto, que está chegando ao Botafogo, seria a 300ª chance, mas vá lá que seja. O ponto de interrogação que surge é com relação à coerência da diretoria alvinegra e do técnico Cuca - se é que ele pediu ou concordou com essa contratação. Apenas para citar um caso, o meia Zé Roberto (de estilo de jogo semelhante ao de Carlos Alberto) foi afastado umas duas vezes por indisciplina. O Botafogo de Cuca tem como uma de suas marcas a união dos jogadores, a devoção destes ao técnico, e o pavor a jogadores-problema. E aí o reforço escolhido para integrar esse elenco é Carlos Alberto? Estranho, não? Tomara que dê certo...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Tempo perdido

Por mais que o trabalho de Joel Santana seja admirável à frente do Flamengo, a diretoria perde tempo tentando fazê-lo desistir do projeto com a seleção da África do Sul. Joel cometeria uma insanidade se perdesse a chance de disputar uma Copa do Mundo - sem contar a questão financeiro. Não bastasse isso, do jeito que as coisas funcionam no futebol brasileiro, ainda que ele ganhasse a Libertadores, nada garantiria que, depois de quatro ou cinco pancadas no Brasileiro - algo perfeitamente possível dado o equilíbrio da competição, ele seria demitido pelo Flamengo sem a menor cerimônia. E aí, nem uma coisa, nem outra.
Como Joel não é insano, não vai ficar. E a diretoria do Flamengo tem de trazer o mais rápido possível o sucessor.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Regulamento paulista

Hoje tive, mais uma vez, o prazer de participar do Redação Sportv, comandado pelo camarada Marcelo Barreto. Um dos temas comentados foi o local do segundo jogo entre São Paulo e Palmeiras, pela semifinal do Campeonato Paulista. Acho que o local ideal é, de fato, o Morumbi (por segurança, conforto, vantagens financeiras e bom senso). Mas não tenho dúvidas de que o Palmeiras precisa concordar com tudo isso. O regulamento diz que o mando é da Federação Paulista. Erro crasso. Se o Morumbi é do São Paulo e o São Paulo sempre chega, deveria estar explícito que as semifinais seriam disputadas NO MORUMBI. Aí não haveria dúvida. Será que é tão difícil assim antecipar problemas? Do jeito que está, a Federação pode marcar onde quiser. Mas o Palmeiras tem todo o direito de ficar aborrecida caso tenha de jogar onde não gostaria de fazê-lo.

Queridos amigos

A minissérie da Globo já acabou, mas aqui nunca acaba a vontade de homenagear os tantos amigos que já fiz na vida. Hoje reservo um carinho especial ao caro Sidney Garambone, a quem admiro desde os tempos da ECO - UFRJ, nos anos 80, e com quem só faço aprender desde quando trabalhamos só na mesma empresa (o JB), na mesma editoria de esportes (O Dia, ele editor, eu repórter), na mesma cobertura (Copa da Alemanha, ambos no time dos verdinhos da Globo), e na mesma função (ele, editor do Esporte Espetacular, da Rede Globo, eu editor de esportes do Jornal do Brasil). Garamba me citou em seu "Garamblog" no GloboEsporte.com. Doces palavras, valeu mesmo, Garambinha. O Entre as Canetas não tem ainda tanta audiência. Mas é tão sincero quanto.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Créu nunca mais

Assino embaixo quantas vezes forem necessárias a iniciativa de meu amigo Marcelo Barreto, apresentador do Sportv, que promete, a partir de agora, referir-se à tal Dança do Créu, quando reproduzida dentro dos gramados, como gesto obsceno. É exatamente o que isso é. Uma obscenidade. Já ouvi defensores do mau-gosto dizendo que essa é uma postura moralista. Prefiro definir como respeito ao outro, respeito a qualquer ser humano que não vai ao estádio para ser agredido.
O torcedor na arquibancada também xinga, faz gestos para o campo. Mas no contexto do evento, ele é um anônimo. O jogador é protagonista. Se ele festeja um gol tirando a camisa, fazendo gestos com a mão no ouvido respondendo silenciosamente às provocações rivais, dando socos no ar, tudo bem, faz parte da festa do futebol.
Mas postar-se diante da torcida rival, jogando para frente e para trás a genitália, simulando um ato sexual em que os passivos são os homens, mulheres e crianças que pagaram ingresso, deveria valer expulsão e autuação como atentado ao pudor.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Entre as canetas 1

Baré era um jogador que subiu das categorias de base do Vasco em 1991. Gordinho, não tinha nem passada de jogador. Mas ficava ali em São Januário, treinava, completava um coletivo ou outro, conversava com os jogadores. Tinha contrato, era federado e foi inscrito nas competições. Uns seis meses depois de Baré virar "profissional", eu caminhava pela social do Vasco (tempos bons em que a mídia tinha essa prerrogativa da fidalga diretoria do clube) com meu grande amigo Paulo Júlio Clement (eu pelo JB, ele pelo Globo). Em sentido contrário, caminhavam Baré e o supervisor Paulo Angioni, este com a mão sobre o ombro do "jogador". Quando as duplas se cruzaram, eu e PJ ouvimos o seguinte trecho da frase proferida por Angioni a Baré: "Se eu fosse você..." Depois daquele dia, Baré sumiu do Vasco e do futebol...

Bomba-relógio

O momento do Flamengo me lembra um pouco da final do Estadual de 95 - embora não tenha nada a ver (papo de maluco, não?). Naquela ocasião, sob a gestão Kleber Leite, se Renato Gaúcho não jogasse a barriga na bola, o time seria campeão, Vanderlei Luxemburgo teria ficado como técnico, o mundo seria outro e talvez as torres gêmeas não tivesse caído. Mas, como aquela bola entrou, o mundo rubro-negro desabou, mudou tudo e até Apolinho virou treinador. Agora, se o Flamengo não ganhar do Nacional e sair da Libertadores na primeira fase, o clube corre o risco de sofrer outra "vassourada" daquelas. Tomara que não aconteça. Joel é bom treinador, o elenco rubro-negro é bom, nada deve muito a ninguém. Só está tenso, pressionado, com a corda esticada. Está nas mãos de Joel Santana desarmar essa bomba-relóogio antes de a bola rolar na quarta-feira.

Barbeiragem

A Tribuna da Imprensa publica aspas de Felipe Massa: "Metade dos jornalistas não entende de Fórmula 1". Será que nessa metade estão os profissionais que elogiam o brasileiro? Será que a barbeiragem que ele fez na saída da curva 1, digna da Corrida Maluca, também foi descrição dessa metade? Ô, Felipe Massa, como se costuma dizer lá no Bairro de Fátima, "faz" o teu que a gente faz o nosso...

quarta-feira, 12 de março de 2008

É muita água

Tive a oportunidade de passar quatro dias em Manaus, fazendo uma reportagem para a editoria de economia do JB. Não conhecia a cidade, cujo "miolo" não tem muito de diferente das principais capitais do país. O que Manaus tem de especial é a exuberância da floresta que a cerca. E a água... é muita água. É preciso ir lá e ver para perceber como parece impossível imaginar que aquilo vire um deserto, como apostam os profetas do apocalipse do aquecimento global. Se a Amazônia virar deserto, então será mesmo o fim do planeta.
Visitei uma aldeia indígena também. É tocante a receptividade deles a gente da mesma raça daqueles que praticamente os destruíram. Não dá pra voltar da Amazônia e ser a mesma pessoa...

terça-feira, 4 de março de 2008

Fla x Fla

Já pensou uma final de Mundial de Clubes entre Flamengo e Fenerbahçe, com Zico no banco turco? Nem o mais otimista dos flamenguistas se atreveria a sonhar com isso...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Fla y Flu hablando

Flamengo e Fluminense vão deixar de lado, por alguns dias, a molezinha do Estadual, e vão encarar duas pedreiras em castelhano. O rubro-negro vai a Montevidéu enfrentar, na quinta-feira, o Nacional e a tradição de quebrar a cara contra os uruguaios - lembremos da eliminação da Libertadores de 82, no Maracanã, com Zico e tudo, para o Peñarol, e no ano passado para o Defensor. Vai ser uma ótima medida para o poderio do time de Joel. Já o Tricolor, apesar de jogar em casa nesta quarta, não terá, aparentemente, boa vida contra os argentinos do Arsenal. Não que o time deles seja grande coisa, ou chegue perto de outros esquadrões hermanos que já baixaram por aqui. Mas eles são chatos, catimbam, perturbam o juíz, tocam "y" se vão... Conselho à dupla Fla-Flu: controlem os nervos, atenção redobrada na marcação e aproveitem as poucas chances de gol que vão surgir.

domingo, 2 de março de 2008

Natal em março

Nesta segunda-feira, dia 3 de março, comemora-se lá em casa o Natal. Neste e em todos os dias 3 de março. Calma, amigos, ainda não enlouqueci. Também abro presentes e como os restos da ceia nos dias 25 de dezembro. Mas o tal 3 de março é o dia em que nasceu o Deus de todos aqueles que torcem pelo Flamengo. É o aniversário de Arthur Antunes Coimbra, o Zico, o Galinho de Quintino, agora com 55 anos.
Zico é a segunda pessoa que mais alegrias me deu na vida. A primeira é Rafael, meu filho. Mas o Galinho só perdeu a primeira colocação há dois anos. Explico: vi Zico jogar pelo Flamengo por 17 anos, na arquibancada e nas tribunas de imprensa. E foi ele quem mais me emocionou enquanto Rafa não completou 17 anos e um dia - minha ex-mulher não gostava muito da comparação, mas ela era verdadeira.
Quando vi Paul McCartney de perto, em 1990, no Maracanã (tinha de ser ali...), foi uma emoção única, incomparável para quem os quatro Beatles são quase parentes. Mas foi uma. Ou melhor, duas, já que estive nos dois shows. Com Zico foram centenas. Um blog não cabe para contá-las.
Lembro de uma, muito pessoal, no dia 31 de maio de 1980, véspera da final do Brasileiro. Tinha 15 anos e fui à Gávea ver o treino final antes da epopéia do dia segunte contra o Atlético-MG. Fiquei plantado no portão de entrada dos jogadores, até que embicou o carro dirigido por Sandra, com Zico na carona, a perna direita toda enfaixada. Ele me deu o sonhado autógrafo, mas não dormi direito naquela noite temendo que o Flamengo não tivesse seu Deus em campo. Teve, e o resto a história é conhecida por todos.
Depois de tantos anos entrevistando jogadores, a gente perde aquela ilusão de torcedor, e cada entrevistado vira "apenas" uma fonte de informação. Zico é o único com quem ainda tenho reverência, por mais que já tenhamos conversado muitas vezes. Há a isenção, há o profissionalismo, há o interesse do leitor em primeiro lugar. Mas, lá dentro, há, sim, a reverência. Já disse uma vez a Zico que na minha casa tem ceia no dia 3 de março. Modesto, ele riu e pediu para eu "parar com isso". Não paro. Nem ele tem a noção exata do que significa para cada rubro-negro. Parabéns, Zicão, e obrigado por tudo.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Jornalismo na corrente sangüínea

Alegria. Foi essa a primeira palavra da primeira postagem nesta primeira incursão pelo suporte de um blog, escolhida por mim para trazer bons fluídos para o "Entre as canetas" e para expressar o que de imediato sinto ao escrever para um número incontável de pessoas.
A idéia deste espaço é, primeiro, falar de esportes e de jornalismo esportivo. Freqüento o Maracanã desde os sete anos de idade - são, portanto, 36 vendo de perto a bola rolar, boa parte deles com meu pai, o espanhol Constantino, e alguns com meu filho, Rafael, em breve também meu colega de profissão. Em redações, completo em maio 23 anos. Militando no jornalismo esportivo são 20, iniciados em 1988 no Jornal do Brasil, na Avenida Brasil, Rio de Janeiro - mesma empresa que me recebe de volta agora, na Paulo de Frontin, como editor.
Além de meus pitacos, e da colaborações dos amigos e de quem mais chegar, o "Entre as canetas" será um espaço para que eu possa contar histórias - e refrescar a própria memória - apuradas e vividas nesses anos todos no jornalismo. Um profissão que está na minha corrente sangüínea e que me levou a lugares que eu jamais conheceria não fosse por ele.
Senão vejamos: Porto Alegre, Caxias do Sul, Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, Paranavaí, São Paulo, Santos, Bragança Paulista, Americana, Campinas, Santo André, Campos, Itaperuna, Volta Redonda, Três Rios, Saquarema, Poços de Caldas, Uberlândia, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Cuiabá, Goiânia, Brasília, Manaus, Salvador, Recife, Fortaleza e Natal no Brasil; Assunção e Ciudad del Este no Paraguai; Santiago e Viña del Mar no Chile; Santa Cruz de la Sierra e La Paz na Bolívia; Washington, Miami, Dallas, Detroit, São Francisco, Los Angeles, San Diego e Los Gatos nos EUA; Paris, Marselha, Nantes e Bordeaux na França; Zurique na Suíça; Berlin, Frankfurt, Dortmund, Munique e Hamburgo na Alemanha; Johanesburgo na África do Sul; e Ryad na Arábia Saudita. Isso é o que me lembro neste momento. Haja postagens.
Aqui também será um espaço para comentários sobre outra de minhas paixões, a música, com a qual convivo mais intensamente desde os quatro anos de idade, em 1969, quando ouvi o "Abbey Road", dos Beatles, na casa de minha avó.
O tempo vai dar o tom correto - se é que isso existe - do blog. Espero poder responder a muitos comentários. Sejam todos bem-vindos ao "Entre as canetas". Abraços a todos e, literalmente, até qualquer hora.