sábado, 31 de maio de 2008

Dogmas a serem quebrados

Em algumas redações surgem regras, que ninguém sabe quem as criou, mas que passam a ser utilizadas sem questionamento. É uma palavra que não pode ser usada, ou um procedimento que não deve ser utilizado "porque o chefe não quer" - mas em 90% dos casos, o chefe nem sabe que aquilo é feito desta ou daquela maneira.
No futebol é a mesma coisa. Criou-se uma lei que o craque do time, ou o jogador que ganha mais, não pode ser contestado e pode fazer o que lhe der na telha. Muitos treinadores seguem essas "regras" e quebram a cara. Quarta-feira, Antônio Lopes, mesmo com toda a sua experiência, vacilou ao não impedir Edmundo de bater o pênalti contra o Sport. Ele não sabe bater pênalti. Quando acontece, dificilmente é defesa do goleiro, ou trave, ou rente a esta. A bola geralmente passa muito longe da baliza.
Assim como os adolescentes, alguns craques precisam que se lhes dê limites, que alguém com autoridade diga "não".
O erro de Lopes quase acabou com a carreira de um excelente jogador como Edmundo. Ele pode não só jogar até dezembro, mas, com a bola que vem batendo, até mais uma temporada. Só não pode bater pênalti.

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