quarta-feira, 2 de abril de 2008

Créu nunca mais

Assino embaixo quantas vezes forem necessárias a iniciativa de meu amigo Marcelo Barreto, apresentador do Sportv, que promete, a partir de agora, referir-se à tal Dança do Créu, quando reproduzida dentro dos gramados, como gesto obsceno. É exatamente o que isso é. Uma obscenidade. Já ouvi defensores do mau-gosto dizendo que essa é uma postura moralista. Prefiro definir como respeito ao outro, respeito a qualquer ser humano que não vai ao estádio para ser agredido.
O torcedor na arquibancada também xinga, faz gestos para o campo. Mas no contexto do evento, ele é um anônimo. O jogador é protagonista. Se ele festeja um gol tirando a camisa, fazendo gestos com a mão no ouvido respondendo silenciosamente às provocações rivais, dando socos no ar, tudo bem, faz parte da festa do futebol.
Mas postar-se diante da torcida rival, jogando para frente e para trás a genitália, simulando um ato sexual em que os passivos são os homens, mulheres e crianças que pagaram ingresso, deveria valer expulsão e autuação como atentado ao pudor.

Nenhum comentário: